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2 Jan 2011

Morangos do Algarve fazem sucesso no norte da Europa!

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Chegado o Inverno e as celebrações de final de ano, a procura do morango algarvio pelos mercados do norte da Europa é grande. Holanda, Noruega, Finlândia, Dinamarca, Reino Unidos, Alemanha, Suíça e Rússia, anseiam pelo fruto vermelho à mesa. Por sua vez, os produtores algarvios prometem aumentar a produção. A procura externa é cada vez maior.
Café Portugal | quinta-feira, 30 de Dezembro de 2010

«Com a neve, o frio rigoroso e sem luz do sol suficiente, os países do Norte da Europa não conseguem produzir morangos para a época natalícia e, por isso, recorrem à produção algarvia», afirma Pedro Vaquinhas, produtor de morangos e framboesas pelo método de hidroponia (sem solo). Uma forma de produção que assegura um padrão de qualidade destes pequenos frutos vermelhos e que resulta da luz algarvia conjugada com a alta tecnologia.

Todos aqueles países do centro e norte da Europa são mercados consumidores de morangos ao longo de todo o ano, mas como no inverno não têm a luz algarvia para desenvolver o fruto vermelho, recorrem à importação, esgotando os stocks no Algarve.

Pedro Vaquinhas realça que gere uma área de produção de 12 hectares. «De cada hectare retiramos cerca de 70 mil quilos de morangos, mas se tivéssemos 100 hectares de produção de morango vendíamos tudo», garante.

A região algarvia, admite o responsável, não tem por isso, morangos suficientes para as encomendas e recorda que a época de escoamento dos morangos algarvios - considerados dos mais caros do mundo - começa em Dezembro/Janeiro e vai até Junho.

A procura é cada vez maior, afiança Pedro Vaquinhas, adiantando que estão a «tentar aumentar a produção nos próximos anos». Sem medo, porque, sublinha, todas as culturas que se possam fazer «contra-estação» e com qualidade elevada têm mercado consumidor garantido.

Morangos, framboesas, figos, amoras, mangas e mesmo caracóis são alguns dos produtos que o agricultor acredita que têm escoamento garantido em mercados do Norte da Europa, países que apesar das capacidades de produção e da alta tecnologia, têm défice de luz natural para amadurecer a fruta.

«A fruta que conseguirmos produzir contra-estação preenche lacunas no mercado e por isso este é um negócio anti-crise», reconhece o agricultor.

Os morangos algarvios crescem pelo método da hidroponia, em recipientes elevados da terra e a alimentação tem por base a água com nutrientes e substratos de casca de pinheiro ou fibra de coco.

O Algarve produz, por ano, cerca de 900 toneladas de morangos por hidroponia e apenas 25% dessa fruta destina-se ao consumo interno.

Os restantes 75% da produção regional são embalados em pequenas caixas transparentes e transportados em camiões frigoríficos para o norte da Europa.

Depois de empacotados seguem para os supermercados internacionais como o Sainsbury, em Londres, com a indicação na caixa a dizer strawberries class 1, ou seja, considerados morangos de luxo.

O Algarve foi a primeira região no país a desenvolver culturas hidropónicas há cerca de dez anos, um método produtivo onde se consegue alcançar acréscimos de produção de 20 a 40% comparativamente às culturas em solo.