Alojamento alternativo - Alternative accomodation - Anders logeren

28 Mar 2011

Clube Naturista do Algarve prepara rede de praias nudistas

http://www.barlavento.pt/index.php/noticia?id=48375

Apesar de o Sotavento ter ganho a sua segunda praia naturista, o Clube Naturista do Algarve (CNA) não quer desistir do seu plano para criar uma rede regional de praias aptas à prática de nudismo, mas admite que esta nova legalização em Faro pode obrigar a uma revisão da lista de prioridades.

«Temos consciência da nossa representatividade, pelo que a ideia não é legalizar praias só por legalizar. Acreditamos que há aqui possibilidade de criar um atrativo turístico, desde que a rede esteja bem distribuída pela região e as praias tenham acessos e qualidade. Numa primeira abordagem, acredito que seis praias naturistas seria o número ideal para a região», avançou ao «barlavento» o presidente da CNA.

De acordo com Álvaro Campos, nos planos do clube continua a intenção de voltar a propor à autarquia de Vila do Bispo a legalização da praia do Barranco. Apesar de aprovado pelo executivo de Adelino Gomes, o pedido acabaria por ser recusado em virtude da configuração política da Assembleia Municipal.

Além desta praia, está em carteira a criação de outros areais nudistas em Aljezur (a nova lei permite mais de uma praia por concelho), Olhão (Ilha da Armona) e Silves (Praia Grande).

Segundo o clube, apesar de formalizado há mais de um ano, o pedido nunca teve resposta da Câmara de Silves.

7 Mar 2011

Rendidos às casas de palha

Ver video explicativo neste link:
http://pt.euronews.net/2010/07/13/rendidos-as-casas-de-palha/

A construção de casas de palha está em franca expansão na Europa. Em França, profissionais e associações criaram uma rede de construção em palha, técnica importada há um século dos Estados Unidos.

Uma das vantagens deste material é o baixo custo, mas a casa não se resume à palha. É o que nos explica Christelle Dupont, que participa desde 2006 nos projectos de auto-construção: “Com palha e terra constroem-se apenas as paredes, mas uma casa não é apenas paredes. As paredes são cerca de 15 a 20% do orçamento global. Agora, depois vamos a ter uma tal qualidade de vida e uma tal poupança energética que ao longo da duração da casa, vamos economizar”.

Há imensas técnicas diferentes. O proprietário de uma casa perto de Dinan, na Bretanha, escolheu uma estrutura de madeira para acomodar os fardos, que podem ser colocados de modos diferentes. “Se o pusermos na horizontal, ficamos com uma parede mais larga, mas que tem a mesma capacidade de isolamento. Porque se ficar na horizontal e neste sentido, o ar vai passar mais facilmente, porque segue a direcção horizontal das fibras. Enquanto aqui é mais fina e a priori menos isolante. Como as fibras estão na vertical, o ar terá de contornar”, esclarece Dupont.

Há quem tenha medo das casas de palha por causa dos incêndios. Mas mergulhar os fardos numa mistura de água e terra, escorrendo-os em seguida, é a melhor protecção para o fogo. “Mergulhamos o fardo para protegê-lo, porque não pode haver muita humidade no fardo, porque isso não é bom para a palha”, diz uma voluntária.

Quando secos, os fardos de palhas estão prontos para serem colocados na estrutura de madeira. Depois, serão cobertos por uma camada de revestimento de três centímetros, suficiente para regular a temperatura das paredes.

“Esta é a fachada oeste da casa, a mais sujeita às intempéries. Além disso, esta casa é relativamente alta. Estamos na Bretanha, onde chove de tempos a tempos. Portanto, vamos pôr um revestimento de madeira para reforçar a fachada”, afirma Christelle.

Na Bretanha, as casas de palha resultam de um trabalho de equipa. Os trabalhadores são voluntários que querem aprender para depois construírem a própria casa ou para se tornarem profissionais da construção. “O facto de ter trabalhado em diversas obras reforçou a minha ideia de construir a minha casa com estas técnicas”, sublinha um voluntário.

Não muito longe desta obra, existe um loteamento ecológico num terreno com cerca de dois héctares. Há casas de palha, de madeira e uma de cânhamo. Pascal é eco-construtor desde 1989. A sua casa foi construída neste material: “Para mim, a palha representa um material vivo que encontramos em casa, que não se encontra normalmente nas casas clássicas”.

“Foram precisos cerca de 150 fardos de palha para a estrutura de madeira e cerca de 150 fardos de palha para a cobertura. A palha vem de um agricultor que mora a um quilómetro daqui e a palha usada na construção custou-nos cerca de 300 euros”, conta Pascal.

Os materiais são ecológicos e estão próximos, pelo que necessitam de pouco transporte. Uma forma de limitar as emissões de dióxido de carbono.

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